Em reunião realizada entre representantes da Prefeitura Municipal de Jaguaré, da Câmara Municipal e de entidades da sociedade civil, foram debatidas propostas para a criação de uma associação com forte representatividade que possa promover e apontar ações estratégicas para garantir efetivamente a segurança pública no município, em substituição ao Conselho Municipal de Segurança Pública – Comsej.
O encontro foi realizado no Plenário da Câmara Municipal de Vereadores e contou com a presença do prefeito Marcos Guerra, do presidente da Câmara, Jean Costalonga e o vereador Tião Soprani, do subsecretário municipal de Segurança Pública, Miller Kutz, do secretário municipal de Planejamento Urbano, Robson Grobério,
Também estiveram presentes, o comandante da Polícia Militar, Major Borba, o sargento Rogério Pontes, o soldado Renan Brumatti, de Vila Valério, a presidente da CDL, Maria Cristina de Lima e o presidente do Sindicato Rural, Jarbas Nicoli e representantes de diversas entidades civis, além de membros do Comsej. Durante a reunião foi apresentada a situação do Conselho e foi apresentada a possibilidade de um novo modelo de organização, no formato de associação.
Em busca do melhor formato
Toda forma de organização que busque melhorias para a sociedade é válida. Em especial numa área tão sensível a todos nós, que é a Segurança Pública. Esta reunião tem o objetivo de avaliar o melhor caminho a seguir com autoridade, pois aqui estão reunidos atores da sociedade que ajudam a impulsionar o desenvolvimento municipal. Portanto, é preciso que todos se dediquem e estudem uma solução em conjunto com a sociedade, pois, a Constituição Federal afirma que a Segurança Pública é dever do Estado e responsabilidade de todos”, ressaltou o prefeito Marcos Guerra.
Opinião seguida também pelo presidente da Câmara de Vereadores, Jean Costalonga, para quem a participação da sociedade é fundamental. “Nós incentivamos a participação das pessoas em todos os assuntos que dizem respeito à vida comunitária. Em especial, os assuntos relacionados à segurança, que
Necessidade de reestruturação
De acordo com o secretário municipal de Planejamento, Robson Grobério, o encontro resultou em ações concretas. “É sempre bom ter um novo modelo para avaliarmos, nesse caso a associação. Mas, a maioria decidiu por tentar reestruturar o Conselho novamente. Para tanto, criamos uma comissão para levantar as possibilidades”, destacou Grobério.
“O Comsej foi criado em 1997 com o intuito de aproximar a PM das pessoas e, na época isso trouxe muitos benefícios para Jaguaré, que ficou conhecida por ter o melhor Conselho Municipal do Estado, por isso esse órgão é muito importante funcionando de forma adequada”, afirmou o subsecretário municipal de Segurança Pública, Miller Kutz.
O comandante da 18ª Companhia Independente de Jaguaré, Major Tiago Borba destacou a importância da participação da comunidade nas decisões dos assuntos relacionados à segurança. “Esses assuntos só podem apresentar caráter definitivo e duradouro se houver a participação da comunidade. O que as forças de segurança, isoladamente, podem fazer é muito limitado por que o tema Segurança Pública é muito amplo e complexo. Vai muito além de posicionar viaturas nas ruas e fazer patrulhamento. É preciso interação com a comunidade, troca de informações, debate sobre prioridades, dos anseios, das dores que as comunidades carregam”, pontuou o comandante. Major Borba ainda lembrou que o tema Segurança Pública envolve todos na sociedade, posto que é uma necessidade básica do ser humano. “Sem segurança você não consegue fazer nada”, afirmou.
O professor, gestor social e advogado Bernardo Augusto Gomes Rodrigues, destacou que o debate realizado teve uma particularidade significativa, que foi o envolvimento de vários segmentos. “Aqui estiveram reunidos, poderes públicos locais, as forças de segurança, produtores rurais, líderes comunitários. O grande destaque foi a necessidade desse envolvimento e participação, além de comprometimento das pessoas em órgãos que buscam o bem estar da sua população. Pouco importa a forma que seja organizada a sociedade civil. Que seja por conselho, associação, desde que atenda a necessidade de ter pessoas envolvidas nesse processo de organizar a sociedade civil de jaguaré. Isso é importante”, afirmou o Professor Bernardo.
A decisão dos presentes foi a criação de uma comissão para tratar dos assuntos do Conselho e a possibilidade de criação de uma associação. Outra reunião já está marcada para daqui a duas semanas com o objetivo de levantar informações sobre o conselho e as características de um formato associativo.